A Fronteira
Quando Inhambú Cantou no Meu Quintal
Lendo a carta de um velho amigo
Que a fronteira já atravessou
Escrita e destinada no ano em que passou
Esfriando os meus pés e mãos
Mas não o coração
Era um triste aviso de partida
Pra onde as cartas não passarão
Fica o silêncio
No Adeus de um irmão
Lembrando de um amor antigo
Que o destino interrompeu
O limite da fronteira
Separou você e eu
São dois lados que hoje choram
O que não viveram
Dois extremos de um mesmo Rio
Onde as margens pereceram
Sem o Sol, sem a luz
As frases, tão duras de ouvir
Em um mundo nada tão formal
As fronteiras que limitam tudo
Entre o bem o mal
Seguindo placas que nos avisam
Como chegar
Seguindo dúvidas que brigam com a gente
Sobre a hora de parar
E sonhar
E sonhar
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