O Canteiro e a Margem
Luiz Gabriel Lopes
Pelos veios grossos da terra
No motor de um avião
Que junta e separa
O agora e o que há depois
Sobre chão concreto e profundo
Tudo dentro sim
Desfazem-se as margens de uma vez
E o medo não cabe aqui
Tudo que é
Tudo que foi
Dança por nós agora
Lótus em flor
Pra renascer
Nosso jardim inteiro
Há fragilidade na guerra
Ao rasgar o coração
Um grito dispara
O amor que em nós brotou
Perto do sagrado do mundo
Vida imensa além de mim
Desabam fronteiras de uma vez
E o ódio não cabe aqui
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